quinta-feira, 10 de julho de 2014

Portal do Servidor alerta sobre hepatites virais - entrevista com gerente do Programa de hepatites virais

Nem todos sabem, mas um sério problema de saúde pública no Brasil e no mundo é a hepatite (inflamação do fígado). Aqui no país, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Mas o que chama a atenção pelo perigo é que milhões de pessoas são portadoras dos vírus B ou C e não sabem, pelo fato de serem doenças silenciosas. Então, para dar mais informações sobre o tema, o Portal do Servidor conversou com o Dr. Sergio Aquino, Gerente do Programa de Hepatites Virais da SMS, e que já atua nos Programas de DST/Aids e hepatites virais desde 1992.

Ele passou algumas importantes informações, como, por exemplo, em relação às principais formas de transmissão e cuidados a serem tomados: "as hepatites B e C são as principais. Em relação à primeira, a transmissão acontece em caso de: relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de droga (seringas, agulhas, cachimbos para uso de crack, narguilé), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings; ou por transmissão de sangue contaminado".


Sobre a hepatite C, Sergio destaca algumas diferenças: "assim como no caso da hepatite B, a transmissão acontece também por transfusão de sangue, pelo compartilhamento de materiais, porém nos casos da mãe infectada para o filho durante a gravidez e de sexo sem camisinha com pessoa infectada as chances são mais raras. Vale destacar também que a transmissão sexual do HCV entre parceiros heterossexuais é muito pouco frequente, principalmente nos casais monogâmicos. Sendo assim, a hepatite C não é uma doença sexualmente transmissível (DST); porém, entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e na presença da infecção pelo HIV, a via sexual deve ser considerada para a transmissão do HCV".
Ainda segundo Sergio, na maioria dos casos a hepatite não apresenta sintomas. "A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, quando surgem, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 1 a 6 meses após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste. A hepatite B pode se desenvolver de duas formas, aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram a forma crônica quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. No caso da hepatite C aguda, o surgimento de sintomas é muito raro. Porém, os mais comuns são os mesmos da hepatite B. Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante consultar-se com um médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam todas as formas de hepatite. O diagnóstico precoce amplia a eficácia do tratamento. Existem centros de assistência do SUS em todos os estados do país que disponibilizam tratamento para a hepatite C. Verifique qual a unidade de saúde mais próxima de sua residência para realizar consulta ou teste rápido para a detecção do vírus. Veja onde ser atendido em: www.subpav.org/ondeseratendido."

Antes de finalizar, Sergio aproveita para destacar o trabalho que vem sendo realizado pelos servidores da sua coordenadoria, inclusive com datas para vacinação. "A Secretaria Municipal de Saúde/Gerência de Hepatites Virais realizará campanha de vacinação contra hepatite B no Centro Administrativo São Sebastião – subsolo/sala 03, no período de 28 julho (dia mundial de luta contra as hepatites virais) a 01 de agosto de 2014. Prevenção é o melhor cuidado! O objetivo é oferecer cobertura vacinal a toda população, dando enfoque aos maiores de 29 anos que trabalham no CASS. Já no caso da hepatite C, não existe vacina como forma de prevenção. Ou seja, previna-se!".
           http://www.rio.rj.gov.br/web/portaldoservidor/exibeconteudo?id=4796700

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